domingo, dezembro 25, 2005

EXPECTATIVAS.

Agora que o Natal já passou, e com ele um certo grau de tolerância para com o mundo, é chegada a hora de voltar a pensar no futuro, tanto mais que 2006 já está quase chegando.

Este ano de 2005 foi especialmente frustante para o povo brasileiro. O que seria esperança virou mêdo. E a Regina Duarte era quem estava certa.

Mais do que ser de direita ou de esquerda, sou BRASILEIRO e quero um Brasil melhor. Dai que, apesar de nunca ter sido favorável ao Lulla, e de ter feito o possível e o impossível para convencer amigos e parentes a não votar nelle, confesso que cheguei a torcer para que elle conseguisse realizar um bom governo que levasse o Brasil para um ciclo de crescimento econômico e de justiça social. O Brasil bem que precisa disso, e não é de agora.

E, mais uma vez, fui enganado. Não porque tenha votado nelle. Nem por acreditar que elle defendia as melhores propostas. Mas por ter torcido e até acreditado que suas intenções eram boas.

E não foi a primeira vez. Já tinha acontecido quando o Brizola foi eleito governador do Rio de Janeiro, pela primeira vez, e eu achei que ele faria um bom governo até para provar que as esquerdas poderiam fazer mais do que os governos militares fizeram pelo povo. E, nesta época, eu ainda morava na cidade. Só sai do Rio em 1990, transferido pela empresa em que trabalhava. Deu para acompanhar bem a destruição da cidade promovida pelas "políticas sociais" do Brizola. Outro dia darei alguns exemplos disto.

Tudo isso me leva a 2006. Teremos eleições gerais. Elegeremos um "novo" presidente. Novos governadores, deputados federais, estaduais e senadores. Um bando de políticos para nos "representar".

Mas e dai? O que vai mudar no Brasil depois desta nova eleição? Será uma nova frustação?

Pior que, quase certamente, não vai mudar nada. A frustação é quase certa novamente, não importando quem seja eleito.

Lulla, na minha opinião, nem vai concorrer. E, se concorrer, vai perder. O problema nem e elle mas o que vem depois delle.

Pelo que está apresentado até agora, o futuro presidente será do PSDB. Serra ou Alkmin? Tanto faz. A ideologia não muda. Tenham em mente que as origens do PT e do PSDB não são muito diferentes. No fundo defendem a mesma bandeira. Seus métodos é que podem ser diferentes mas não o resultado final almejado. O PSDB é um PT chic e o PT é um PSDB bandido.

Quem tirou Hugo Chàvez da enrrascada quando a Venezuela estava em crise pela greve geral que já durava alguns meses? Foi FHC quando autorizou que a Petrobras enviasse combustíveis, principalmente gasolina, furando assim o esquema de pressão a que Chàvez estava sendo submetido.

De quem é a política econômica do PT? Do PSDB como todos sabem. E os Programas Sociais? Por mais que Lulla diga que não, são os mesmos do governo anterior apenas unificados, ampliados e com um novo nome. E, também, tão ineficientes como aqueles eram.

Até a Política Externa é a mesma. Quem começou esta idéia de Comunidade Sul Americana de Nações foi FHC quando convocou a primeira reunião de cúpula dos presidentes sul americanos, já em seu segundo mandato. Lulla apenas deu seguimento.

Dai que não devemos ter grandes espectativas para 2006. Estaremos elegendo, espero, alguem menos ruim que o atual presidente. Mas não alguém que realmente mude o Brasil.

Para 2006 teremos que nos contentar, apenas, em tirar o PT do governo e reduzir sua representação nas Câmaras Estaduais, Federal, Governos Estaduais e no Senado.

Mudar o Brasil mesmo, vai ter que ficar para depois. Será um trabalho árduo e demorado. Mas é um trabalho que teremos de fazer para legar um Brasil melhor, talvez para nossos filhos, com certeza para nossos netos.

domingo, dezembro 18, 2005

O QUE PRETENDE LULA?

Em seu recente discurso, em Pernambuco, o presidente aumentou o tom das críticas a imprensa e as oposições. E, mais uma vez, afirmou que ainda não se decidiu sobre sua candidatura à reeleição.

Este discurso, na minha opinião, deve ser lido e entendido dentro do contexto definido pelas últimas pesquisas de opinião, que mostram a confirmação da queda da popularidade do presidente, o aumento daqueles que não confiam nele, e indicadores fortes de que, na atual situação, ele perderia a reeleição. E, mais ainda, refletem a insatisfação do povo com as políticas adotadas pelo governo, nas mais diferentes áreas, inclusive na economia e combate a inflação, tidas como as grandes realizações do governo.

Estes dados, apesar de esperados, devem ter tido um efeito devastador na auto estima do presidente. Ainda mais para um presidente que se acha superior a todos os que já passaram pelo cargo. E, a cada pesquisa que surge, ele vê se confirmar a tendência de uma queda inexorável de seu prestígio junto ao povo. Assim, todos os seus sonhos de 25 anos estão virando pó na sua frente.

Dai que, de alguma forma, ele tem que reagir nem que seja para tentar preservar alguma coisa da sua imagem. Afinal, como conviver com o depois?

E ele só tem duas alternativas viáveis:

- Continuar e ser reeleito, que seria o recado que mandou de que, se concorer, será para ganhar.

- Não ser candidato, que é o que ele vem repetindo de uns tempos para cá.

Para ele a primeira alternativa seria a ideal mas está cada vez mais difícil. Claro que ele vai tentar e utilizar todos os seus recursos, lícitos ou não, éticos ou não. Aumento de gastos públicos, aumento no salário mínimo, aumentos para o funcionalismo público, mais contratações de pessoal e por ai vai. Estas ações já estão desenhadas para 2006 mas não são garantia de vitória. E ele precisa desta garantia pois afinal a menos de 1 ano era considerado imbatível na reeleição. E, se ele se julga superior a todos, teria que ganhar a reeleição em primeiro turno, como o fez Fernando Henrique. Menos do que isso seria uma derrota.

E, perdendo a eleição, ele acaba politicamente para sempre. É o pior dos pesadelos para quem se acha o melhor de todos os tempos, ainda mais não sendo tão velho que possa justificar sua retirada de cena pela idade. Dai que ele só vai concorrer se tiver reais chances de vitória.

A segunda alternativa pode não ser a melhor mas, dependendo de como for conduzida, pode ser muito útil. Se ele puder justificar não concorrer a reeleição com algo suficientemente forte, ele estará ganhando no médio/longo prazo. Ele se poupa de uma derrota nas urnas, volta a ser o antigo Lula oposicionista que aposta no fracasso dos outros para promover seu sucesso e, quem sabe, viabiliza tentar de novo a presidência no futuro.

É esta justificativa que ele procura quando radicaliza seu discurso. A partir de uma situação de confronto grave, que ameace a estabilidade ou agrave ainda mais as críticas que recebe da mídia ou das oposições, ele pode alegar que está se retirando da disputa em benefício do Brasil, ou porque foi uma vítima das elites conservadoras que inviabilizaram seu governo, ou por outras diferentes razões associadas que podem ser inventadas.

Ele precisa, para sair da disputa, uma razão suficientemente plausível que preserve sua biografia, a sua história, pois é só isso que ele tem.

Eu acredito mais nesta segunda alternativa.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

CAPITALISMO.

Acredito que já deve ter dado para perceber que não sou de esquerda. Mas é hora de contar uma grande verdade. Também não sou de direita, muito pelo contrário.

Para mim, esquerda ou direita, capitalismo ou comunismo, são formas distintas mas que objetivam o mesmo fim, a dominação social.

Nenhuma das duas formas está realmente preocupada comigo, com você, muito menos com o povo. Ambas são autosuficientes e seletivas. Apenas poucos são os eleitos de fato.

Enquanto numa basta ser sócio do partido, na outra o partido se chama empresa. Se no partido você sobe puxando o saco do lider, na empresa você faz o mesmo, só que diferente. Você trabalha até 24 horas por dia, aceita fazer tudo e mais um pouco e aumenta os lucros do seu patrão, o que é uma forma mais civilizada de puxar o saco dele, é claro.

Mas não quero comparar sistemas. Não agora e muito menos hoje.

Mas o assim chamado Sistema Capitalista já foi bom. Aliás, muito bom mesmo.

Nos bons tempos, o Capital escolhia uma nação, casavam e viviam felizes para sempre. No máximo, o Capital mantinha um ou outro apartamento para suas amantes. Mas até isso era tolerado pois o Capital era tido como responsável e um bom pai de família, provedor e quase nunca abandonava sua eleita original.

Mas isso acabou quando os ventos da globalização começaram a soprar pelo mundo.

O mundo globalizado está igualzinho a certas zonas de prostituição comuns em cidades européias. Lá, as prostitutas ficam como mercadorias em vitrines se expondo para atrair clientes. Da mesma forma, no quadro atual, os países ficam na vitrine tentando atrair o grande cliente que é o Capital. Ao invés de seios, bundas e rostos, o que se oferece são menos impostos, menos custos sociais, mais educação das put... das pessoas, mais libertinagem ou melhor menos controles legais e por ai vai.

Dai o cliente, ou melhor, o Capital, escolhe sua vítim... digo ... eleita, e engatam numa paixão tórrida, que será eterna até que ele seja atraido por uma nova put ... digo nação mais oferecida que sua atual víti ... digo eleita. E ele vai pulando de put... nação em nação até obter o seu orgasm ... digo lucro máximo.

Dai que hoje, as nações que querem entrar na festa tem que ser como prostitutas mesmo.

- Tem que ser saudáveis, ou seja, não oferecer riscos a saúde do Capital.

- Tem que ser passivas, ou seja, aceitar o que o Capital manda ou recomenda.

- Tem que fazer de tudo, ou seja, não pode restringir os desejos do Capital.

- Não podem reclamar de nada, ou seja, tem que ser amigáveis ao Capital.

- Nem pode cobrar caro pois certamente irá existir uma outra tão bonita, devassa, saudável e passiva que cobre mais barato.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

AS ESQUERDAS E O CRIME.

Para as esquerdas, quando ainda não no poder, não existem criminosos. O ambiente social, a pobreza, a falta de perspectivas e a opressão seriam as causas primordiais da criminalidade. Assim o indivíduo não pode ser considerado culpado por ser criminoso. Ele seria sim, "vítima do sistema" que o obrigou a ser criminoso.

Da mesma maneira que o criminoso é "vítima", a polícia e os aparatos de segurança do estado, por atuarem no combate à criminalidade, estarão reprimindo esta "vítima do sistema". Dai que passam automaticamente a serem considerados como "agentes da repressão do sistema", numa conotação pejorativa e destinada a desacreditar estas instituições junto a população.

Este raciocínio é insidioso na medida em que vitimiza o bandido e criminaliza aqueles cuja função é a de ir contra o bandido. Dai que causa mais indignação a esta gente a morte de um bandido do que a morte de um policial.

Este conceito, com pequenas variações, é repercutido pelas ONG´s atuantes na área de Direitos Humanos que, em sua quase totalidade, ou estão nas mãos ou sofrem forte influência das esquerdas.

E a repetição a exaustão deste conceito, ao longo dos anos e pelas mais diferentes vias, culmina por deixá-lo arraigado na mente da população. Diminui a confiança na polícia e aumenta a tolerância para com atos criminosos.

A perfeita compreensão deste conceito é importante para entender a crise de insegurança que o Brasil atravesa. É apenas a aplicação prática do conceito.

Assim, a troco de que investir no aparelhamento das polícias? A troco de que aperfeiçoar a formação do policial e pagar melhores salários? Afinal a polícia é apenas repressora. O foco tem que estar nas famosas "políticas sociais". Em dar a chance para que o sistema não mais oprima o cidadão, obrigando-o a ser bandido. Dai que a repressão fica mais frouxa, o policial acaba se misturando com o bandido até por questões de sobrevivência ou, pior ainda, a polícia se torna mais bandida que o bandido. E como as famosas "políticas sociais" não são convenientemente implementadas, nada se resolve e cada vez mais pessoas aderem a bandidagem até por "sentirem" que é mais proveitoso do que só trabalhar.

E por que as "políticas sociais" não são convenientemente implementadas?

Simplesmente porque não interessa.

Em um plano mais amplo a criminalidade ajuda a desestabilizar a sociedade tornando-a mais receptiva a aceitar sistemas autoritários de poder. O mesmo pode-se dizer da violência. Assim, uma sociedade amedrontada, desestabilizada, aceita mais a perda de certos direitos individuais ou coletivos em troca de uma suposta segurança. Nenhuma sociedade segura, próspera e com boas perspectivas de futuro aceita ou endossa sistemas autoritários e, em especial, sistemas socialistas. Estes sistemas só vingam a partir de um certo caos social.

Portanto não esperem nunca que alguém "de esquerda" resolva o problema enquanto "a esquerda" não dispor do poder total no estado. A solução não é interessante antes da tomada do poder total.

Mas uma vez tomado o poder, soluções fatalmente terão de ser tomadas pois mesmo "sistemas socialistas" não podem sobreviver num ambiente de caos. Só que a solução será do tipo chinês, ou seja, uma bala na nuca dos bandidos, ou ao estilo russo, ou seja, campos de trabalhos forçados para "os criminosos".

E não haverá conflito com o que se pregava, de que criminosos são "vítimas do sistema", pois o sistema agora é perfeito pois é socialista. E se mesmo neste "sistema perfeito" indivíduos insistem em ser bandidos é porque são safados e ingratos mesmo.

E, para concluir, uma frase:

"Conseguimos aquilo que a guerrilha não conseguiu: o apoio da população carente. Vou aos morros e vejo crianças com disposição, fumando e vendendo baseado. Futuramente, elas serão três milhões de adolescentes que matarão vocês (a polícia) nas esquinas. Já pensou o que serão três milhões de adolescentes e dez milhões de desempregados em armas?"

Esta frase é de William Lima da Silva, prisioneiro político do Presídio da Ilha Grande no Rio de Janeiro, alcunhado como "O Professor" e homenageado como o fundador e patrono do Comando Vermelho. No livro "Comando Vermelho - A História Secreta do Crime Organizado", de autoria de Carlos Amorim, pág. 255.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

TRIBUTO A JOHN LENNON.

Não, não ... não sou fã de John Lennon. Sou fã de uma das músicas do John Lennon. Estou falando de IMAGINE.

Eu não tenho competência para ser fã de ninguém pois não tenho aquele algo mais que faz o fã. Eu, por exemplo, não tenho paciência para saber de cor todas as músicas que tal artista apresenta no seu último CD, ou mesmo se existe um último CD já lançado. Minha memória musical é mais seletiva. Eu ouço determinada música, gosto, dai que vou atraz dela. As vezes sou obrigado a levar o CD todo junto mas tudo bem.

Na verdade nem sei dizer outras músicas que o John tenha composto. Algumas que me lembro, porque gosto, são da época dos Beatles. Dai que não sei se são só dele ou foram compostas em parceria com o Paul. Provavelmente são mesmo é do Paul pois o estilo das músicas dele até me atrai mais.

Mas esta música, para mim, é especial.

Não que eu tenha namorado ao som dela. Também não tocava em uma época especial da minha vida. O que está música sempre me faz é ... Imaginar!

Sim, admito, também sou um sonhador!

Esta música, quando toca, me faz sonhar com um mundo melhor, imaginar as utopias que John sugere, sem me interessar serem utopias ou não. E sonhar faz bem, muito bem até.

Dai que neste aniversário de 25 anos da sua morte cabe esta homenagem. Não pelo que ele foi ou pelo que ele pregava. Mas por esta música linda que ele nos legou. Talvez a mais simples de todas as que fez mas, para mim, a mais importante.

IMAGINE.

Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky.

Imagine all the people
living for today...

Imagine there's no countries,
It isn't hard to do,
Nothing to kill or die for,
And no religion too.

Imagine all the people
living life in peace...

You may say I'm a dreamer,
but I'm not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one.

Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of men.

Imagine all the people
sharing all the world...

You may say I'm a dreamer,
but I'm not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one.

VALEU JOHN LENNON!

O ÚNICO ÊRRO DO PT.

Do ponto de vista histórico "das esquerdas", nada do que se apura em termos de desvios de verbas públicas, compra de votos para a aprovação de projetos do governo, compra de aliados e outras maracutais mais, pode ser considerado crime. Trata-se, apenas, da promoção dos meios necessários para a obtenção do resultado maior, que é o verdadeiro Regime Socialista.

Todas estas "lições" de como se utilizar do sistema para poder derrubá-lo podem ser encontradas nas obras dos "mestres" socialistas.

Não sou e nem quero ser especialista neste assunto. Dai que não farei citações deste ou daquele ideólogo vermelhinho que pregava isto ou aquilo. Outros, com muito mais propriedade, podem fazer estas citações. Mas esta estratégia está na própria essência da tomada do poder por um "movimento" dito socialista.

Claro que, se a cooptação com a democracia falhar, restarão outros meios para serem aplicados. Meios estes menos sofisticados mas mesmo assim efetivos como a guerrilha, o terrorismo e por ai vai.

Dai que para a "verdadeira esquerda" o único êrro que o PT cometeu foi o de se deixar pegar com a boca na botija. Aparelhar o estado, misturar partido com governo, desviar recursos públicos ou comprar votos, tudo isto seria facilmente perdoável, ou até louvável, se o objetivo maior tivesse sido alcançado.

Muitos dos políticos de esquerda, partidos como o PSOL, "formadores de opinião" e demais seres da fauna e da flora dita socialista e que agora atacam o PT, estão mesmo é muito irritados por ele ter feito uma lambança tão grande e, pior, ter sido pego e o movimento abortado.

Mas no grande jogo do poder este terá sido apenas mais um "acidente de percurso". E eles tentarão novamente no futuro.

domingo, dezembro 04, 2005

SOBRE O BISPO DE BARRA.

Algumas coisas não ficaram claras quando fiz o post. Minha irritação com as pessoas que podem fazer alguma coisa e só ficam falando e falando é que me fez ser curto e direto. Isso, e também a manipulação de fatos, pela mídia e pelos assim chamados "formadores de opinião".

Sou contra a transposição do Rio São Francisco, do jeito que está sendo imposta. O correto é revitalizar primeiro para depois pensar em transpor. Isto é algo tão óbvio que dispensaria qualquer polêmica. Se for para debater seria a partir de quando, depois de iniciada a revitalização, poderia ser feita a transposição. E, antes da transposição, um sem número de ações práticas, efetivas e de baixo custo poderiam ser implementadas para minimizar a carência de água.

Mas também sou radicalmente contra a Igreja, ou seus próceres, se meterem em assuntos que não sejam relativos a fé, mesmo que ela esteja se manifestando a favor das causas que eu defenda. Não só a Igreja católica como qualquer outra. Entendam Igreja como a manifestação temporal de uma crença espiritual.

Quando a Igreja, ou seus próceres, se acham no direito de interferir e opinar em assuntos não religiosos, ela nos submete ao risco de ter que transferir o debate do campo das idéias para o campo das crenças. Da racionalidade para os dogmas de fé. E isso é muito perigoso.

Na medida em que deixamos de pensar por nós mesmos e passamos a aderir a uma crença, ou acreditar em um dogma de fé, nos tornamos facilmente manipuláveis, paro o bem ou para o mal.

Outra coisa com a qual eu não posso concordar é com a chantagem, mesmo que seja por alguma causa que eu defenda. Da mesma forma que eu admito usar a chantagem ao meu favor, eu admito que ela seja utilizada contra mim.

E o que o Bispo fez foi uma chantagem. Nem mais nem menos. Mesmo que a causa seja "nobre", os fins não podem jamais justificar os meios, mesmo que seja a meu favor.

E também vamos cair na real. Vocês acreditam que o Bispo realmente correu risco de morrer de fome?

Mesmo que esta fosse a intenção original dele, não aconteceria. Na primeira vez que ele perdesse os sentidos, seria levado para uma UTI móvel, convenientemente colocada nas proximidades e, mesmo contra a vontade, ele seria alimentado por via endovenosa. Morrer ele não morreria não.

Mesmo acreditando nas boas intenções, e que realmente ele acreditava que a causa merecia o sacrifício da sua própria vida onde está a sequência? Alguma coisa foi resolvida?

Dai que tudo não passou, mais uma vez, de uma farsa. Se foi uma farsa criada com boas ou más intenções nem vem ao caso. Uma farsa é sempre uma farsa, não interessa se a meu favor ou contra mim.

E, mais uma vez, um fato foi manipulado. Foi "vendido" como uma luta do bem contra o mal. Como podemos ser contra uma pessoa que está arriscando a própria vida por uma causa?

sábado, dezembro 03, 2005

DIFERENÇA ENTRE FALAR E AGIR.

Vocês, com certeza, lembram deste aqui:

Busato.jpg

Sim, é o Dr. Roberto Busato, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Lembram que ele falou que ia pedir o impedimento do Lula, e que ele ia exigir que Lula e Dirceu revelassem os nomes dos traidores?

Até em exigir que o congresso fizesse uma auditoria da dívida externa ele cogitou.

Realmente, Busato "é o cara". Se depender dele todos os problemas do Brasil estarão resolvidos em breve, pelo menos se apenas palavras, e não atos, bastassem. Tudo bem que, depois, ele diga que não é bem assim. Afinal ninguém é perfeito. Pelo menos ele tenta né?

Só que enquanto o Dr. Busato fica deitando falação pelos 4 cantos do Brasil, e ganhando holofotes da mídia sem fazer nada de concreto, um outro brasileiro, anônimo e com muito menos recursos que ele, fez alguma coisa.

O professor de Direito Constitucional, Sr. Sérgio Borja, encaminhou ao Presidente do Senado, Renan Calheiros, pedido de abertura de processo de impedimento contra o presidente do STF, o ministro Nelson Jobim.

Vocês podem ler a notícia no jornal A Tarde ou na Folha.

Se ele vai conseguir alguma coisa é o de menos. O importante ele já conseguiu, que foi demonstrar que quem quer faz.

FALSO HERÓI.

Lembram dele?


Dom Cáppio


Sim, é o Bispo de Barra - BA, Dom Luiz Flávio Cáppio, aquele que fez greve de fome contra as obras de transposição do Rio São Francisco.

Pelo que me lembro, ele afirmava que só iria parar a greve de fome se o governo abandonasse em definitivo o projeto.

O governo não abandonou e ele tá por ai quietinho sem falar nada.

E não me venham dizer que a Igreja, ou seja quem for, o está proibindo de alguma coisa.

Se ele tinha tanta convicção assim, pela causa, não seria um eventual veto da Igreja que o deteria.

É ISSO AI.

De Liliana Pinheiro, no site Primeira Leitura


"Parece uma velha e batida brincadeira de jornalistas, destinada a transformar notícias ruins em manchetes positivas, ao gosto do poder. Se o desemprego aumenta, por exemplo, sempre é possível dizer: "Trabalhadores têm mais horas de descanso" ou "Pais passam mais tempo com os filhos". Se o preço da carne fica proibitivo, dá aquela manchete bacana: "Brasileiro aprende a diversificar hábito alimentar". Em qualquer atividade, a manipulação da verdade não tem limites quando o objetivo é bajular o poder e enganar o próximo. Na política, vale mais o segundo objetivo".

ADVERTÊNCIA

lula.jpg

O Ministério da Saúde adverte:

"Ouvir discursos do presidente pode fazer mal a saúde física e mental dos espectadores".


Fonte da foto: Primeira Leitura

BIN LADEN NÃO MORREU!

A notícia que corre nas centrais de inteligência européias e americanas é que o Bin Laden raspou a barba.
As informações são de que não foi o medo de ser capturado que o fez agir assim.
Ele teria medo é de ser considerado membro de outro grupo terrorista, só que sem causa "nobre", chamado PT.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

HOMENAGEM A UM HERÓI.

YVES

Aquele que fez o que muitos adorariam ter feito.

TESTE.

protesto

Esta foto é do protesto contra "comunização" que levou 500 mil pessoas às ruas do centro de São Paulo, em 1964.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo.

HIPOCRISIA DO POLITICAMENTE CORRETO.

Com respeito aos trágicos incidentes no Rio de Janeiro que culminaram no incêndio de um ônibus e a morte de 5 pessoas inocentes, cabe perguntar:

- Cadê as ONG´s que defendem os "direitos humanos" que não falam nada?

- Cadê os artistas "do bem" que estão caladinhos?

- Cadê todo mundo que bradava aos ventos que o desarmamento da população honesta reduziria a violência?

VIVENDO E APRENDENDO.

Sim, já aprendi a "linkar" dentro do post.

Agora é aprender como "colar figuras" no post.

HOMENAGEAR QUEM MERECE.

Se vocês acreditam que o Sr. Yves, aquele das bengaladas no zé, merece ser homenageado, uma boa pedida está no Blog Yves Hublet - O tigre de bengala.

Vamos começar a reconhecer nossos verdadeiros heróis, muitos dos quais ainda anônimos.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

PARA NÃO ESQUECER.

Dirceu foi finalmente cassado, mas ......

- 192 "nobres deputados" foram contra a cassação.
- 8 se abstiveram.
- 1 votou em branco.
- 1 anulou seu voto.
- 18 não compareceram à votação.

Os 293 deputados que votaram a favor da cassação representam, apenas, 57,12% do total.

Estatisticamente falando, se 3 deputados afirmarem que votaram a favor da cassação, você poderá deduzir que:

- 1 estará falando a verdade,
- 1 estará mentindo,
- 1 provavelmente estará mentindo ou teria aberto mão do seu direito de voto.

EFEITO BENGALADA.

Li no BLOG do NOBLAT:

- Da senadora Roseana Sarney (PFL-MA): "Se pega essa moda de dar bengalada em político não poderemos mais sair por aí".

- Eu vou votar com Zé Dirceu. Eu acho que vou votar. Eu não me sentiria bem abolir ele. Mas hoje de manhã, no aeroporto de Congonhas, um cidadão me pegou pelo braço e falou brabo: Se não cassar o Zé Dirceu, o senhor vai levar umas bengaladas. É, o clima lá fora está assim.
(Do deputado Luiz Antônio de Medeiros do PL paulista ao Blog do Noblat)

Minha opinião:

Nada como alguma ação direta para convencer aos "nobres parlamentares" de que a população está mesmo é de "saco cheio" com eles.
Estadisticas y contadores web gratis
Manuales Oposiciones